Inclusão escolar?... Só se for com acessibilidade!
Acessibilidade: um dos pilares da inclusão social e escolar
Introdução
A educação − direito constitucional de cada cidadão − somente será inclusiva se houver igualdade de condições de acesso e permanência na escola para todos e todas. Sendo assim, no debate sobre inclusão escolar um ponto é indiscutível: sem acessibilidade, a educação permanece um ideal distante. Portanto, todos os aspectos do ambiente educacional − urbanísticos, de transporte, arquitetônicos, de comunicação, atitudinais, curriculares e as práticas pedagógicas − precisam ser adaptados para garantir que cada estudante tenha oportunidade de participar e desenvolver-se plenamente.
Flexibilização curricular e adaptações metodológicas e didáticas
A base para a educação verdadeiramente inclusiva começa pela sensibilização e a formação de toda a comunidade escolar: gestores, professores, funcionários, famílias e estudantes. Somente assim, a importância da educação especial e da inclusão escolar será compreendida, em especial na sala de aula regular, onde currículos e metodologias precisam ser ajustados para acolher todos os estudantes.
A flexibilização curricular, definida pelo Conselho Nacional de Educação como uma “revisão do currículo proposto e seleção dos objetivos ou marcos de aprendizagem essenciais”, feita com base em um conjunto de critérios, e as adaptações metodológicas, e as adaptações metodológicas e didáticas, realizadas por meio de estratégias de ensino e aprendizagem, de atividades práticas, uso de tecnologia assistiva e comunicação aumentativa e alternativa procedimentos avaliativos e atividades especiais programadas para os estudantes, são essenciais para criar um ambiente de aprendizagem acessível e estimulante para estudantes com necessidades educacionais especiais.
Desenvolvimento de material didático acessível:
Assim como as práticas pedagógicas, o material didático precisa ser desenvolvido na perspectiva da educação inclusiva, o que inclui a transcrição do conteúdo em Braille e gravação em áudio, produção de vídeos com legendas ou com intérprete de Libras, uso de pranchas de comunicação alfabética ou com símbolos, fotos ou figuras, entre outros recursos, visando a mediação entre todos do ambiente escolar e os estudantes, para atender às diversas formas de expressão e aprendizagem na sala de aula.
Espaços físicos acessíveis:
A transformação dos espaços físicos em ambientes acessíveis, com rampas adequadas, elevadores, piso tátil e placas de sinalização que eliminem as barreiras físicas, são passos fundamentais para assegurar que todos os alunos possam se movimentar e utilizar as instalações escolares livremente, reforçando a sua autonomia e inclusão.
Considerações finais
A acessibilidade é um dos pilares da inclusão social e escolar. Por isso, ao integrarmos a flexibilização e as adaptações curriculares, disponibilizarmos materiais didáticos acessíveis e remodelarmos espaços físicos para serem inclusivos, criamos um ambiente educacional no qual inclusão não será apenas um objetivo, mas uma realidade vivida por todos os estudantes.
Mais do que uma afirmação, “Inclusão escolar?... Só se for com acessibilidade!” é um compromisso com a criação de um sistema educacional que acolhe, respeita e celebra a diversidade humana.